Quando o jornalista Rafael Guimaraens, de 67 anos, ficou cercado de água por todos os lados, em seu apartamento no bairro Menino Deus, em Porto Alegre, neste mês, não conseguiu disfarçar a perplexidade com a ironia da situação.
Autor de A enchente de 41, considerado a principal obra de recuperação de um dos mais dramáticos episódios da história da capital gaúcha, ele não poderia imaginar que, 15 anos após publicar a primeira edição do livro, estaria condenado a viver uma situação tão semelhante à dos personagens que povoam suas páginas.
"É um livro que continua vendendo muito bem, as pessoas procuram. Decidi escrevê-lo porque não havia nada publicado sobre o assunto", diz o autor à BBC News Brasil, por telefone, do apartamento de uma amiga onde refugiou-se com a mulher, a editora Clô Barcellos, quando conseguiu deixar seu próprio imóvel.
Para os interessados na obra, há uma má notícia. O depósito da editora Libretos, da qual Clô é diretora editorial, na Rua Voluntários da Pátria, foi completamente inundado. Ela calcula que, no interior do prédio, estivessem os últimos 400 exemplares que compõem o estoque. A boa notícia é que uma nova edição, com uma nota sobre a enchente de 2024, deve vir a lume nos próximos meses.
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FONTE/CRÉDITOS: Agencia da noticia
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