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Economia

Em semana de bons negócios, Brasil já comercializou perto de 2 milhões de t e movimento pressiona Chicago

Mercado está atento à possibilidade de um acordo entre China e EUA, mas pressionado pelos fundamentos

Em semana de bons negócios, Brasil já comercializou perto de 2 milhões de t e movimento pressiona Chicago
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Assim como tem sido nos últimos dias, os preços da soja voltaram a cair na Bolsa de Chicago, deixando para trás as pequenas altas registradas mais cedo. Por volta de 13h15 (horário de Brasília), as cotações perdiam de 1,50 a 5 pontos, com o setembro valendo US$ 10,02 e o novembro, US$ 10,21 por bushel. 

O mercado toma fôlego, mas volta a ser pressionado pelos fundamentos. De um lado, o bom desenvolvimento da nova safra dos Estados Unidos, as boas condições climáticas e, de outro, a possibilidade de um acordo entre China e Estados Unidos. Além do acordo, o que o mercado espera também entender é qual será a tarifa dos EUA fixada sobre os chineses. 

"Considerando que a Indonésia ficou com 19% e parte dos países da Ásia deverão ficar perto disso, eu acredito que a China, que é mais competitiva, capaz de ficar mais perto de 20%. Uma tarifa neste nível ficaria bom para os dois lados, e acabaria ajudando o cofre do Trumpo a arrecadar mais e não impactaria tanto na inflação americana", explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting. 

Ainda assim, os traders permanecem bastante cautelosos e atentos às reuniões que acontecem na semana que vem, em Estocolmo, entre delegações chinesas e americanas. 

O mercado da soja em grão acompanha as baixas que se dão no farelo, no trigo, enquanto boa parte do suporte se dá ainda pelas altas do óleo de soja negociado na CBOT. A estabilidade do dólar frente ao real também é monitorada.

"O mercado está tentando manter o suporte nos US$ 10,00, já trabalhou um pouquinho abaixo. Mas, faltam notícias da China, a safra dos EUA anda regular, mas eles consideram que aqui no Brasil os negócios estão acelerados. Prêmios subindo, negócios acontecendo e isso, automaticamente, serve de apleo negativo em Chicago. Negócios andando aqui, pressão negativa lá", complementa Brandalizze. 

O consultor afirma ainda que o Brasil já conta com cerca de 115 milhões de toneladas da soja 2024/25 negociadas, o que representa cerca de 67% da safra. "Em percentagem ainda estamos abaixo da média, mas em volume é recorde. Nesta semana, já negociamos cerca de dois milhões de toneladas, é uma semana de muitos negócios e ainda vai negociar mais". 

Os prêmios para setembro, por exemplo, chegam a US$ 1,60 por bushel acima de Chicago na oferta do comprador, enquanto o vendedor quer US$ 1,75 a US$ 1,80. "Se observarmos, os prêmios já estão dando quase US$ 4,00 por saca de vantagem e é por isso que os negócios estão rodando. O mercado vai se firmando, segue comprador, a China segue comprando, e os prêmios estão dando suporte. Quando Chicago cai, o prêmio sobe por aqui e é isso que está apoiando as negociações", diz. 

Brandalizze afirma também que este é o melhor momento do ano para os preços, que esta é uma "semana de cavalinho encilhado". Semana que vem é uma semana nervosa, porque é a semana do 1º de agosto, depois disso veremos qual o impacto que vai ter, lembrando que na semana que vem temos também a reunião entre Estados Unidos e China".  
 
FONTE/CRÉDITOS: olhar Alerta
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