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Dinheiro de organização criminosa que aplicava golpes virtuais vinha da clonagem de cartões de crédito, diz polícia de MT

A maior parte do dinheiro de uma organização criminosa que aplicava golpes virtuais vinha da clonagem de cartões de crédito

Dinheiro de organização criminosa que aplicava golpes virtuais vinha da clonagem de cartões de crédito, diz polícia de MT
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A maior parte do dinheiro de uma organização criminosa que aplicava golpes virtuais vinha da clonagem de cartões de crédito a partir de listas de vazamento de dados. É o que aponta a principal linha de investigação da Polícia Civil após a terceira fase da Operação Código Seguro, deflagrada em nove estados nesta terça-feira (21).

A investigação começou há dois anos após uma invasão no sistema da Polícia de Mato Grosso, quando os investigadores descobriram um esquema nacional de clonagem de dados.

Em um só dia, o sistema de informações da polícia teve cerca de três mil acessos indevidos com a mesma senha, o que chamou atenção dos policiais.

Na operação, seis pessoas foram presas e uma de São Paulo está foragida. No Rio de Janeiro, a polícia encontrou celulares roubados.

A ação cumpriu 48 ordens judiciais expedidas pelo Núcleo de Justiça do Juiz de Garantias de Cuiabá em nove estados do país, incluindo as cidades de São Paulo (SP), Francisco Alves (PR), Fortaleza (CE), Riachão (MA), Cabo Frio (RJ), Jaraguá do Sul (SC), Lauro de Freitas e Apuarema (BA), Manaus (AM) e Coronel Murta (MG).

O grupo atuava em duas frentes: na invasão e clonagem de dados. A investigação apurou que os criminosos acessaram computadores pessoais de funcionários, descobrindo as senhas deles para obter dados confidenciais de chassis, motores e placas de veículos. Esses números eram usados para "esquentar" veículos furtados ou roubados para serem revendidos em São Paulo.

Já na clonagem de dados, o delegado responsável pelo caso, Gustavo Godoy, explicou como funcionava o esquema.

"Seria como se fosse um robô que pegaria os seis primeiros dígitos do cartão de crédito e fazia consultas automáticas até que todos os 16 dígitos fossem confirmados como existente e válido. A partir da vulnerabilidade de e-commerce, recargas de telefonia, grandes varejistas e de transporte, o grupo conseguia fazer as compras indevidas dando sério prejuízo para essas empresas", afirmou.

O grupo ostentava dezenas de compras online feitas com os cartões clonados que também vendia em sites clandestinos, grupos e canais nas redes sociais.

Por determinação da Justiça, esses sites e canais saíram do ar nesta terça-feira (21) e estão sob domínio da Polícia Civil de Mato Grosso.

Além disso, eles também usavam aplicativos de corrida em que se cadastravam como motoristas e passageiros para embolsar o valor de viagens que nunca eram feitas.

Como o grupo atuava[A ação cumpre 48 ordens judiciais expedidas pelo Núcleo de Justiça do Juiz de Garantias de Cuiabá em nove estados do país — Foto: Reprodução]A ação cumpre 48 ordens judiciais expedidas pelo Núcleo de Justiça do Juiz de Garantias de Cuiabá em nove estados do país — Foto: Reprodução

Com o avanço das investigações, foi possível identificar que a rede criminosa também atuava em diversos outros tipos de fraudes virtuais, como clonagem de cartões de crédito e comércio ilegal de dados.

As atividades eram operadas por meio de sites vinculados ao grupo, além de canais no Telegram e grupos de WhatsApp. As apurações ainda revelaram o uso de plataformas de apostas esportivas e corretoras de criptomoedas para lavar o dinheiro obtido com os crimes, simulando ganhos legais.

O esquema também envolvia fraudes contra serviços específicos, como aplicativos de transporte e empresas de recarga de celular, nas quais cartões clonados ou gerados eram utilizados para obter serviços de forma indevida.

FONTE/CRÉDITOS: Agencia da noticia
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