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Arroba do boi gordo caiu até 6,5% em setembro, mas deve reagir em outubro

Mesmo com escalas de abate confortáveis, último bimestre do ano sinaliza alta nos preços, enquanto exportações devem seguir aquecidas

Arroba do boi gordo caiu até 6,5% em setembro, mas deve reagir em outubro
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O mercado brasileiro de boi gordo foi pautado por um cenário de pressão baixista às cotações ao longo do mês de setembro.

De acordo com o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a incidência de animais de parceria ofereceu uma previsibilidade para a formação das escalas de abate por parte dos grandes frigoríficos, que estão fechadas entre 8 e 9 dias úteis no Brasil.

Segundo ele, em meio à maior demanda esperada para o último bimestre do ano, é possível que haja uma recuperação nos preços da arroba em todo o país, embora de maneira comedida.

O coordenador da equipe de inteligência de mercado da Scot Consultoria, Felipe Fabbri, concorda que há condições para patamares de preços de estáveis a mais altos ao longo do mês de outubro.

“Mesmo com as escalas de abate relativamente confortáveis, a oferta não deve sofrer um panorama de mudança muito robusto, mas penso que a demanda interna pode vir a ser mais firme. A oferta de gado de pastagem tende a pesar um pouco mais, já que há retomada de chuva e, consequentemente, rebrota de capim, o que influencia o mercado, assim como o câmbio ajudando a sustentar margens para a indústria nas exportações “, detalha.

Variação de preços do boi gordo

Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do Brasil estavam assim no dia 30 de setembro:
  • São Paulo (Capital): R$ 300, queda de 4,76% frente aos R$ 315 do final de agosto;
  • Goiás (Goiânia): R$ 290, baixa de 6,45% em comparação aos R$ 310 registrados no fim do mês retrasado;
  • Minas Gerais (Uberaba): R$ 290, recuo de 4,92% ante aos R$ 305 registrados no fechamento de agosto;
  • Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 320, alta de 1,59% em relação aos R$ 315 praticados no encerramento do mês retrasado;
  • Mato Grosso (Cuiabá): R$ 295, retração de 6,35% frente ao preço do final de agosto, de R$ 315;
  • Rondônia (Vilhena): R$ 273, declínio de 4,21% frente aos R$ 285 praticados no fechamento do mês retrasado.

Mercado atacadista

Iglesias comenta que o mercado atacadista registrou fraqueza ao longo de setembro, impactado por um lento escoamento e por uma forte concorrência em termos de demanda com a carne de frango.

Assim, o quarto do traseiro do boi até avançou um pouco de preço e foi cotado a R$ 23 o quilo, alta de 0,44% frente aos R$ 22,90 praticado no final de agosto. Já o quarto do dianteiro do boi foi vendido por R$ 17 o quilo, recuo de 6,85% frente ao valor registrado no fechamento do mês retrasado, de R$ 18,25 o quilo.

Exportações de carne bovina

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 1,654 bilhão em setembro (20 dias úteis), com média diária de US$ 82,713 milhões, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

A quantidade total exportada pelo país chegou a 294,706 mil toneladas, com média diária de 14,735 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.613,20.

Em relação a setembro de 2024, houve alta de 52,9% no valor médio diário da exportação. Além disso, ganho de 23,6% na quantidade média diária exportada e avanço de 24,4% no preço médio.
FONTE/CRÉDITOS: Olhar Alerta
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